TRANSLATE MY PAGE

domingo, 23 de junho de 2013

MUNIQUE E DACHAU


Portal de entrada da cidade antiga

Vista da praça onde fica a belíssima nova Rathaus

mais uma rua no centro


Nova Rathaus

Velha Rathaus



Kaiserhof Residenz

Hofgarten

Parlamento

Chegada na entrada da cidade antiga

Portão de entrada do campo de concentração de Dachau, com a bizarra mensagem "trabalho liberta".

Visão do campo de concentração, com seus barracões destruídos, mas onde ainda se pode ver a demarcação de sua localização.

O prédio mais sinistro, onde ficava a câmara de gás e o crematório

Monumento que retrata o sofrimento e a morte de todos os milhares de prisioneiros de Dachau

Munique é considerada a segunda cidade mais legal pra se conhecer na Alemanha. Há quem diga, inclusive, que é a mais bela cidade alemã. Bem, independentemente de ser a primeira ou segunda, de fato é uma belíssima, grande e interessante cidade para se conhecer.

Primeiramente, é importante o viajante saber que se trata de uma metrópole, ou seja, além de possuir um centro de interesse turístico bastante amplo, com atrações diversas, também possui uma grande variedade de opções fora da cidade, facilmente acessíveis pela perfeita rede ferroviária da Alemanha. Desse modo, creio que 3 dias é o mínimo necessário para conhecer a cidade e suas principais atrações. Nós, infelizmente, tivemos apenas 2 dias, que apesar de muito bem aproveitados, acabamos por deixar para trás algumas belíssimas atracões de Munique, como o English Garden.. 

Escolhemos um hotel próximo da estacão central, o Hotel Metropol, que fica ao lado da Hauptbanhof (estacão central) e 5 min a pé da Karlsplatz. O hotel é excelente e com um bom custo beneficio (87€/dia com café da manhã). A zona ao redor do hotel é uma área étnica, com muitos imigrantes árabes e africanos, o que no inicio causou-nos algum desconforto, pois éramos diferentes dos que ali estavam, porem foi só uma primeira impressão preconceituosa que logo desapareceu.

Como tínhamos o dia inteiro para aproveitar a cidade, fomos para a Karlsplatz e, de lá, através da Neuhauser Strasse fomos percorrendo a área da cidade antiga. Nesse passeio, fomos até a Neues Rathaus e Frauenkirsche, percorrendo todas as ruas e vielas da área. Nessa região, há muitas opções de restaurantes, feiras e tendas, com uma apresentação musical em cada praça. Havia uma multidão de pessoas na rua, muita vida e alegria, pessoas bebendo muito, um grupo de jovens, inclusive, fazendo o que chamamos de "bundalelê". Isso mesmo, na Alemanha, pelo menos em Munique, parece que estamos em pleno carnaval de Salvador.

Após esse primeiro passeio, tomamos destino à área da Kaiserhof Residenz e Hofgarten, num passeio de aproximadamente 1h. Após esse trecho, descemos em direcção ao rio, seguindo até o Parlamento pela Maximilian Strasse,  já do outro lado do rio Isar. Depois foi voltarmos tudo, agora indo pelo lado direito, até chegarmos à antiga Rathaus. 

No segundo dia, tínhamos duas opções: conhecer um pouco mais a cidade, inclusive indo à algum museu, ou visitar o campo de concentração em Dachau. Como a visita ao campo de concentração era, para mim, o passeio imperdível, não pensei duas vezes e fui à Dachau. 

Para ir até o campo de concentração, basta o viajante dirigir-se até a Hauptbanhof em Munique, lá comprar o ticket de dia inteiro (se estiver acompanhado, compra-se o partner-ticket que abranja toda as regiões, que custa aproximadamente 20 euros. Lembre-se que terá que comprar o gesamtnetz, que engloba as regiões). O ticket dá direito ao trem, metro e onibus, e vale para 2 a 5 pessoas, um só ticket. Após comprar o partner-ticket, deve pegar o trem S2, com destino final Petershausen, devendo saltar na estacão de Dachau. Saindo da estacão, deve pegar o ónibus n. 724 (há uma placa no ponto dizendo "concentration camp", ou seja, não há como errar. No caminho de volta, é so fazer todo o itinerário em sentido contrario. 

Em Dachau, a visão do campo de concentração, da desgraça humana ali representada, é um sinal de que há coisas que JAMAIS devem ser esquecidas. O tour pelo campo de concentração, visitando o museu, assistindo a um filme apresentado no pequeno cinema dentro do museu, e a visão do inferno que é a ultima construção do campo, onde ficava a câmara de gás e o crematório falam por si. É preciso umas 3h e 30min, pelo menos, para fazer todo o percurso, ida e volta, além da visitação ao campo de concentração e museu, por isso o viajante deve ficar atento para não perder nenhum outro compromisso agendado para o resto do dia. 

No final do domingo, após conhecer um pouco Munique e visitar o campo de concentração, voltamos para casa com mais uma grande cidade visitada e a emoção de ter conhecido um dos mais interessantes e chocantes sítios históricos do mundo. Uma viagem para guardar na lembrança para sempre.  

domingo, 16 de junho de 2013

ALSÁCIA


RIQUEWIHR

VINHEDOS NA REGIÃO DE KAYSERSBERG

KAYSERSBERG

KAYSERSBERG


Num domingo ensolarado, resolvemos descobrir as pequenas cidades da Alsácia e fazer parte da rota dos vinhos da região. Logo ao entrarmos na Alsácia, vindo da Alemanha, já percebemos as belezas das estradas, com árvores pelo caminho, para, depois, abrirem-se os infindáveis vinhedos dos deliciosos brancos da Alsácia. O viajante, mesmo que não seja um grande apreciador de vinhos, não deve deixar de provar os das uvas Riesling e Gewustraminer.

Nossa primeira parada foi na cidade de Kaysersberg, um lugar lindíssimo, repleto de construções bem ao estilo alsaciano. Logo nos perdemos pelas pequenas ruas com suas casas coloridas. Lá tomamos duas taças de vinho e ficamos, calmamente, aproveitando o sol daquela manhã. Em seguida, passeamos pelos vinhedos enquanto subíamos até um pequeno chateau que há numa colina ao lado do centro de Kaysersberg.
Encerrada esta primeira etapa, fomos até Riquewihr, onde iríamos almoçar. Achávamos que seria difícil alguma outra cidade na Alsácia bater a beleza de Kaysersberg, mas Riquewihr, surpreendentemente, conseguiu ser ainda mais linda e mais cheia de vida, repleta de turistas, na sua maioria franceses e alemães, e só nós de brasileiros. A cidade parece de contos de fadas, com casinhas coloridas e bem cuidadas, jardins e fontes belíssimos, enfim, um exemplo de cidade limpa e bonita.

Lá almoçamos na L'Ecurie, que tem a 8ª posição no Tripadvisor, com ótimas recomendações. Bem, não sei se foi o dia, mas não atendeu às nossas expectativas. Primeiro, só tinha 3 carnes no cardápio e, quando pedimos, às 13:20h, já não tinham dois dos pratos de carne. Então, disse-nos o garçon que teria uma carne mais cara, que, porém, acabaram fazendo pelo mesmo preço. Tudo bem até aí. Ocorre que a minha esposa pediu muito bem passada e veio ao ponto, com o meio mal passado. A minha carne, em que pese ter vindo no ponto que pedi, tinha muita pelanca. Isso mesmo!!! Imagina só, num restaurante francês, onde normalmente se usa ótimos cortes de ótimos animais, vir uma carne com pelanca? Bem, na minha opinião, acredito que a carne que sobrou o chef resolveu servir para nós. Bem, não argumentei, pois confusões deste tipo somente desagradariam nosso passeio, que estava excelente; porém, não poderia deixar de postar este comentário para vocês. Portanto, não recomendamos o L'Ecurie.

Como ainda estava cedo, numa loja de vinhos perguntei ao vendedor se havia alguma outra cidade que ele recomendaria, então ele nos sugeriu Eguisheim, que ficava a aproximadamente uns 10 minutos de Riquewihr. Então pegamos a estrada e fomos até Eguisheim. A cidade é menor que as outras, com um centrinho pequeno, porém igualmente elegante e bela. Lá demos mais um passeio e paramos para tomar uma ultima taça de vinho antes de retornar para Freiburg, onde estávamos morando.

Bem, a França não decepciona nunca! O dia estava lindo e a Alsácia sempre muito interessante, com suas cidades deslumbrantes, sua gastronomia maravilhosa e com um povo cuja educação e cortesia é realmente difícil de se encontrar noutro lugar do planeta.



KAYSERSBERG


RIQUEWIHR

RIQUEWIHR

EGUISHEIM

EGUISHEIM

sábado, 1 de junho de 2013

FLORESTA NEGRA

Titisee

A Alemanha é um desses países em que osencantos para os turistas são infindáveis. Desde natureza, paisagens, história, cidades, diversão, cultura, gastronomia, vinhos, enfim, tudo aquilo que o viajante, independente dos gostos pessoais, adoraria descobrir. 

Dessa vez, saindo de Freiburg, resolvemos descobrir um pouco mais da Schwarzwald, e nos perdermos pelos bosques e pequenas vilas da Floresta Negra. No GPS colocamos como destino o Titisee (Lago Titi), bem próximo a Freiburg e deixamos o GPS nos guiar, na certeza de que encontrariamos uma rota lindissima até nosso destino final. O dia estava horrível, com muita chuva e neblina, mas nada para impedir que guerreiros como nós saíssemos para aproveitar o lugar.

A primeira coisa que vimos foram os vinhedos da região de Freiburg, de onde saem as uvas riesling e pinot noir para os bons vinhos da região. Em seguida, entramos por pequenas estradas pela floresta, subindo até uma altitude de 1100m, com bosques lindíssimos onde a neblina, somada à absoluta ausência de pessoas (exceto nós, os guerreiros viajantes), davam um tom bucólico e, até certo ponto, bem ao estilo dos mais arrepiantes filmes de terror.

Alguns minutos mais tarde, chegamos à Feldberg, uma pequena cidade de onde se tem acesso até as estações de esqui e os lagos da região. Em seguida, já com fome, seguimos até Titisee, onde fomos surprendidos pelo belíssimo cenário do lago, rodeado por montanhas e florestas. No centrinho da cidade com o mesmo nome tudo lindo, limpo e organizado, com muitas pessoas na rua munidas dos seus guarda-chuvas, tudo bem convidativo para um bom almoço regado à maravilhosa cerveja alemã. 

No retorno pra Freiburg, naquele dia chuvoso, nenhum arrependimento de termos enfrentado chuva, frio e neblina para "turistar", e, ao contrário disso, regressamos com uma imensa satisfação de termos vivido aqueles momentos especiais na Schwarzwald.

Titisee

Pequena vila pelo caminho

Vila bem no meio da Floresta Negra

Cidade de Titisee

Os vinhedos

Mais Titisee

Paisagem bucólica na Floresta Negra

ROTEIRO NOROESTE DE PORTUGAL

Amarante

vista do Douro na Quinta Santa Cruz
Guimarães
Amarante



Fortaleza em Guimarães

Mais Amarante

Porto - no bairro da Ribeira

Penafiel

Guimarães

Palácio de Buçaco

Amarante

Saímos de Lisboa e pegamos a autoestrada direto para o Porto, onde lá paramos para almoçar no Chez Lapin, um restaurante localizado na Ribeira e que tem o melhor bacalhau de Portugal, na minha modesta opinião. Após a pausa para o almoço e um breve passeio pelo Porto, seguimos até o Douro, onde lá nos hospedamos na bucólica Quinta Santa Cruz, onde seus proprietários, Miguel e Cristina, nos receberam com uma simpatia e atenção somente encontrada no norte de Portugal. A quinta possui quartos com mobília de época, ricamente decorados, uma vista magnifica para o rio Douro, além de jardins e exuberante floresta, onde os hospedes podem relaxar numa caminhada nocturna pela propriedade. 

No segundo dia, fizemos um roteiro pela região, onde passamos pela cidade de Penafiel, para, em seguida, seguirmos até Guimarães, onde almoçamos e aproveitamos a exuberância daquele património histórico da humanidade. Para quem aprecia o bom vinho, não deixem de degustar os vinhos verdes, muito característicos da região noroeste de Portugal. Claro, há o vinho do Porto, os tintos e os brancos do Douro, mas os verdes, sobretudo no verão, tem o seu lugar ao sol. No retorno ao Douro, paramos na pequena vinícola Casa de Algar, onde estava havendo uma prova dos vinhos verdes "Pata da Burra". Lá tomamos vinhos verdes brancos, tintos e rosés. Isso mesmo, o vinho verde não é apenas branco, ha o tinto e o rosé. Para a noite, trouxemos os vinhos da Casa de Algar até a Quinta Santa Cruz, e, apreciando o entardecer com a bela vista do Douro, bebemos o vinho e comemos uns pães e biscoitos típicos da região. 

Na manhã do terceiro dia, já retornando à Lisboa, fomos até Amarante, uma cidade histórica próximo do Douro. Lá paramos para tirar algumas fotos, mas, pelo tempo curto, decidimos descer em direcção à Lisboa, onde fizemos mais uma parada no Palácio de Buçaco, próximo à Coimbra, na zona de Mealhada. No palacio funciona um hotel e um restaurante, com uma decoração de época lindíssima. O restaurante, todavia, foi uma grande decepção, pois além de caríssimo (€50,00 por pessoa com uma garrafa de vinho simples), a comida deixou muito a desejar. O bacalhau estava ruim e o leitão veio servido desfiado numa espécie de empada. Imaginem uma empada por € 25,00?!? Em seguida, chegamos, enfim, à Lisboa, na certeza de que conhecemos mais um pouco desse belíssimo país que é Portugal. 

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

ATACAMA

Visual do Vale de la Muerte


Escolher um destino dentre tantos é algo difícil. Porém, em relação ao Atacama, após duas tentativas frustradas, uma vez que o tempo disponível não se ajustava à longa jornada entre os voos, enfim tive à disposição muitos dias de folga, tornando possível, finalmente, visitar o Atacama. Com as malas prontas e já no aeroporto em Natal, somente após 24h de viagem consegui chegar ao Atacama. Isso mesmo! Não fica do outro lado do mundo, mas a viagem é bem complicada. Primeiro, voo de Natal à São Paulo; depois, de São Paulo à Santiago; em seguida, pernoitamos no Holiday Inn Airport para seguirmos até Calama no voo do início da manhã seguinte; por fim, 1:30h de ônibus até San Pedro do Atacama, nosso destino final.

Em primeiro lugar, é importante o viajante saber que se trata de um destino para os aventureiros e bem dispostos, pois os tours são extremamente cansativos e alguns deles com grande risco de mal-estar, em razão das péssimas estradas e da grande altitude. Alem disso, pela distância e grande variedade de passeios, pelo menos 4 dias livres são necessários para aproveitar bem o Atacama. O que posso dizer sobre tudo isso? Que vale a pena todo o esforço, pois o viajante vai conhecer um dos lugares mais belos do planeta terra. Então, vamos ao que interessa: as dicas e as imagens!


Ojos del Salar


Dia 1: Chegada à San Pedro e passios pela Laguna Cejár e Ojos del Salar


Ao chegarmos à Calama, já havíamos reservado pela internet o transfer in/out pela Lincancabur, ao custo de 20.000 pesos por pessoa. O trajeto entre Calama e San Pedro de Atacama durou 1:15h e não é necessário reservar pela internet, apenas conveniente pois o ônibus já está á espera do viajante. Logo no caminho já nos deparamos com a belíssima paisagem da cordilheira do sal, o que nos deixou ansiosos pelo que estaria por vir.

Cordilheira do Sal
 

Chegando à San Pedro, já instalados no Hotel Tulor, confortável e muito bem localizado, fomos até o centro da vila para fechar os passeios. Escolhemos a agência Vive Atacama, onde fomos muito bem recebidos por Olga, que nos deu varias dicas e nos sugeriu os tours mais especiais, os dias certos para fazê-los e os preparativos adequados para cada um deles (alimentação, roupas, etc). Posso recomendar, sem medo de errar, a agência Vive Atacama, tanto pelo preço, como pelos cuidados e atenção com o cliente.

Nesse primeiro dia fomos à Laguna Cejár e Ojos del Salar, além do próprio Salar de Atacama. A laguna Cejár é uma lagoa em que há uma grande quantidade de sal, o que torna o banho uma experiência interessante, uma vez que a alta concentração de sal na água não deixa o banhista afundar, proporcionando um momento de grande relaxamento. A beleza não é o ponto forte dessa atração, mas a diversão sim! Os Ojos del Salar são dois poços de água escura bem no meio do deserto, onde também é possível banhar-se. No fim do tour, chegamos ao Salar de Atacama, onde apreciamos um belíssimo pôr do sol.

visão do Salar de Atacama

pôr do sol no Salar de Atacama

Dia 2: reserva de flamingos no Salar de Atacama e Lagunas Altiplânicas

 
Começamos o dia bem cedo, quando às 7h iniciamos nosso passeio. Paramos no Salar do Atacama onde avistamos alguns flamingos e tomamos o café da manhã. Após algum tempo, seguimos até as lagunas altiplânicas, parando no bucólico pueblo de Socaire. Após uma subida até mais de 4000m de altitude e passando por visuais incríveis, chegamos nas lagunas. Trata-se de duas lagunas belíssimas, onde é possível avistar aves e algumas vicunhas. Pausa para muitas fotos e uma curta caminhada margeando a laguna e depois retorno à San Pedro. Antes, entretanto, paramos no pueblo de Tuconao, onde há um interessante campanário. Final do dia, cansados do tour, fomos descansar no hotel, para nos prepararmos para o dia intenso que teríamos a partir da manhã seguinte.

Lagunas

Visual do caminho até as lagunas

Lagunas

Pueblo que encontramos pelo caminho

Campanário em Tuconao


Dia 3 (Manhã): Géisers del Tatio


O passeio começou às 4h da manhã, onde passamos por uma péssima estrada de terra, cheia de buracos e com muitas curvas. O passeio até Tatio é o mais rigoroso de todos. A altitude chega a 4.300m e não se deve comer carne vermelha, nem beber álcool no dia anterior. É importante fazê-lo no 3º ou 4º dia no Atacama, para não sofrer com o "mal das alturas" (dor de cabeça, enjoo, cansaço, etc). Cumprimos à risca as recomendações e não sentimos nada. Após visitarmos os géisers, tomamos um banho num piscinão termal, com a temperatura da água em 35° e a temperatura exterior em -1º. De Tatio seguimos até o pueblo Machuca, onde é vendido aos visitantes empanadas e churrasco de alpaca. O caminho de volta entre Tatio e San Pedro é lindíssimo, com uma pausa para fotos no Rio Puritana, donde se tem uma boa visão do vulcão Puritana. Em relação a este passeio, apesar de ter atrativos surpreendentes, é importante que o viajante esteja ciente de que deve ter muita precaução e que sofrerá bastante na viagem. Ainda assim, recomendo aos viajantes aventureiros e que tenham ótima disposição, além de boa saúde.


Geisers del Tatio

Mais dos géisers

o grande "piscinão"

Rio Puritana com o Vulcão Puritana ao fundo

Pueblo Machuca


Dia 3 (Tarde): Vale de la Luna e Vale de la Muerte


Chegamos do tour do Tatio às 12:20h, de modo que pudemos descansar até às 15:30h no hotel, quando fomos à agência para fazer o tour dos vales de la Luna e Muerte, que começaria às 16h. Posso dizer que foi um dia super cansativo, mas que conseguimos fazer sem grandes sacrifícios, mesmo para meus pais que já têm 60 anos de idade e forma física normal. Se tivéssemos mais tempo, certamente deixariamos apenas um tour por dia, porém não era o nosso caso, pois ou fazíamos assim, ou perderíamos o passeio pelos vales. Para este tour é imprescindível chapéu, muito protetor solar, bastante água e, por mais estranho que pareça, um casaco de frio, pois no final do passeio os ventos são fortes e a temperatura começa a cair. Primeiro fomos ao Vale de la Luna, onde lá entramos numa caverna e subimos uma imensa duna, o que nos permitiu ter uma visão incrível do vale e da cordilheira do sal. Após tomarmos fôlego, fomos de ônibus até o Vale de la Muerte, onde lá nos deslocamos até um dos lugares mais deslumbrantes da viagem, onde presenciamos um magnifico pôr do sol. O passeio inteiro dura cerca de 3:30h e o final é a parte melhor do tour. Recomendadíssimo!!


Vale de la Luna

Vale de la Luna

Vale de la Muerte

Dia 4: Salar de Tara

Deixamos para o último dia o melhor passeio do Atacama: Salar de Tara. E fizemos isso por duas grandes razões. A primeira delas foi pela altitude, uma vez que se chega a 4.850m acima do nível do mar, de longe o passeio de maior altitude no Atacama. A segunda foi para não nos decepcionarmos com as demais excursões, pois o Salar de Tara é de longe o lugar mais bonito e surpreendente do Atacama. Não que cada atração não tenha seu valor, muito pelo contrario, pois tudo no Atacama é lindo; mas o que estamos querendo dizer é que o Salar de Tara é tão intenso, belo e mágico que seria covardia visitá-lo antes de se conhecer as demais atrações. 

Bem, mas o que há de tão especial no Salar de Tara? Primeiramente, o próprio caminho já é uma atração à parte, com vulcões, lagos e visuais incríveis. Além disso, a própria estrada até Tara é excelente, diferentemente do caminho para se chegar até Tatio. Por último, a natureza selvagem é muito mais rica, com diversas vicunhas e milhares de flamingos, além, claro, da própria exuberância peculiar de Tara. Ao ingressarmos na área de Tara, nos deparamos logo com o guardião, uma rocha colossal que dá a impressão de um grande moai de pedra guardando a entrada de Tara. Daí em diante é muita areia e pedras pelo caminho. Não há estradas, nem trilhas, o "guia-motorista" se orienta pelo gps para percorrer o local. Mais adiante, paramos na Catedral de Tara, uma formação rochosa enorme que parece com uma catedral semi-destruída. Adiante, chegamos no Salar propriamente dito, onde estávamos somente nós e os milhares de flamingos. fizemos um pic nic deitados à beira do salar, contemplando a natureza e a beleza cênica do local. Após aproximadamente uma hora, regressamos à San Pedro de Atacama, parando uma ultima vez para visitar a laguna verde, uma linda laguna que se forma à margem da estrada, próximo ao trecho mais alto do passeio, com águas verde-esmeralda.

Foi um final maravilhoso de uma viagem surpreendente que nos deixou com uma sensação mágica de termos podido viver toda aquela beleza exuberante do Atacama. Ficou também uma saudade e uma vontade de voltar lá um outro dia. Normalmente, quando gosto muito de um destino, sempre deixo algo por conhecer, a fim de tornar possível uma nova visita. Entretanto, no Atacama foi diferente, pois tentei conhecer ao máximo tudo quanto possível, porém a imensa variedade de atrações, cada uma mais interessante que a outra, tornou uma missão impossível exaurir a exploração do Atacama num só viagem. Assim, voltei ao Brasil com a certeza de que um outro dia retornarei ao Atacama, pois ainda ficou por lá muito a se descobrir e explorar.


 
paisagem pelo caminho

O guardião de Tara

Mais de Tara

A Catedral de Tara

Mais visual incrível

O Salar de Tara propriamente dito

No retorno encontramos a Laguna Verde

O Salar com os milhares de flamingos



Da estrada avistamos o maginífico Vulcão Lincancabur