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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

SEVILLA

Plaza de Toros

A Espanha, como já demonstrei em outras postagens, é um país que muito me fascina, seja pela beleza e cultura, seja pelos excelentes vinhos e pela gastronomia invejável. Daí a nossa escolha em visitar mais uma vez esse país tão interessante, agora seguindo até Sevilla, a capital da Andaluzia. A viagem começou em Lisboa, onde alugamos um carro para seguirmos até Sevilla, que fica a uma distância de aproximadamente 400km. Aqui vai nossa primeira dica, pois ao traçar o percurso de Lisboa até Sevilla, não aceitem a rota normalmente proposta pelo GPS, uma vez que aumenta a distância em 100km. Assim, o ideal é escolher a rota até a cidade alentejana de Beja e, de lá, colocar Sevilla no GPS, economizando tempo e combustível. Inclusive, este caminho, além de ser mais curto e possuir lindas paisagens rurais do Alentejo, tem a vantagem de não ter pedágios, a não ser na chegada e saída de Lisboa, sendo um caminho bem tranquilo até Sevilla, com boas estradas e pouco tráfego.
Catedral de Sevilla
Ao chegarmos em Sevilla, fomos direto ao seu centro histórico, nas proximidades da catedral, onde próximo há um estacionamento publico, ao custo de €15,00/dia e foi lá onde deixamos o carro estacionado nos três dias que passamos na cidade, já que não é preciso carro para explorar Sevilla. Sem reservar hotel, foi bem fácil encontrar um bem próximo à Catedral. Após deixarmos as malas, fomos passear pela cidade. Logo paramos num bar/restaurante para comermos algumas tapas, devidamente acompanhadas por um bom vinho da Andaluzia. À noite, fomos assistir a um jogo entre Barcelona e Real Madri num bar, além de um ótimo papo e a boa comida, os quais tornaram aquela noite ainda mais agradável.

No dia seguinte, acordamos bem cedo e já às 9h estávamos passeando pela cidade. Nossa primeira parada foi no Real Alcazar, antigo palácio com seus belos jardins e um marcante estilo arquitetônico árabe que domina todo o local. Em seguida, fomos na plaza de toros, onde conhecemos a história da tourada e desfrutamos da beleza e grandeza da arena utilizada para as toradas. Em seguida, caminhamos pela margem do rio Guadalquivir, onde escolhemos um dos restaurantes que existem na região para almoçarmos e descansarmos um pouco. E esta escolha foi o ponto baixo do dia, já que fomos mal servidos e a comida era de pouca qualidade. Superando este ponto negativo, continuamos nossa caminhada, seguindo, agora, até a Plaza de España, que foi o ponto alto da viagem, podendo dizer que é uma das mais belas e majestosas construções que já conheci na Europa. Passamos bons minutos contemplando o lugar, para depois tomarmos um bom sorvete, já na volta para o hotel. Este foi o dia que mais nos divertimos pois, antes de chegarmos ao nosso hotel, paramos para visitar um outro hotel que possui um espaço super descolado na cobertura, ideal para tomar um bom vinho e apreciar a excepcional vista para a Catedral. Depois de uma taça, fomos para o hotel apenas para tomarmos banho e descansarmos um pouco mais, saindo logo em seguida para jantar. A cidade ainda continuava lotada, com muita vida nas ruas, que estavam lindamente decoradas com temas natalinos, o que deixou nossa viagem ainda mais agradável.


No dia seguinte, paramos apenas para comprar alguns livros antes de seguirmos de volta à Lisboa. No caminho, ao chegarmos em Beja, paramos no restaurante A Pipa, uma casa portuguesa bastante tradicional e que estava entre as melhores opções da cidade para comer. O almoço estava simplesmente delicioso, tornando nossa refeição extremamente agradável, apesar da simplicidade do local. Pedimos 5 pratos, 5 sobremesas, uma garrafa de vinho, água, pães e refrigerante ao custo de menos de 20 euros por pessoa, já que éramos apenas quatro.
Na volta para casa, fazendo o balanço da viagem, destacamos enquanto ponto positivo a grata surpresa que tivemos em conhecer uma cidade tão bela como Sevilla, que, confesso, não imaginava que fosse tão bonita assim. A beleza arquitetônica e a tradição da tourada, cuja temporada começa apenas nos meses de abril e que já estão esgotados os ingressos para abril de 2012, foram realmente fascinantes. Já como ponto negativo estão a própria comida local, que fica aquém de outras regiões da Espanha, e o serviço, que é péssimo (rude, demorado e ineficiente). Apesar da alegria do povo, na cidade não há um serviço de qualidade, nem a comida foi surpreendente. Contudo, o viajante não precisa se preocupar ou criar expectativas negativas de Sevilla. Muito pelo contrario! É um lugar que adorei conhecer e que, além de recomendar, espero voltar lá algum dia. Inclusive, uma boa dica é passar mais um dia na cidade e aproveitar para visitar Granada, que fica próxima, podendo o viajante chegar até lá de carro ou utilizando as excursões que há para Granada nas varias agencias de viagem localizadas em Sevilla. Como a ida à Granada iria aumentar consideravelmente nosso percurso até Lisboa, resolvemos deixar a visita para uma outra ocasião. Chegando à Lisboa, agora realmente cansados da viagem e das poucas horas de sono que tivemos, o sorriso estampado no nosso rosto era o sinal de que Sevilla realmente nos surpreendeu a todos e que para lá certamente retornaremos.



Torre del Oro            

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

LYON

Place Antonin-Poncet

Place Bellecour
      Lyon é a capital gastronômica da França, terra dos excelentes vinhos do Rhone e localizada perto dos Alpes. A viagem à Lyon decorreu sem grande planejamento, tendo em vista que aproveitei a baixa temporada e o bom preço da passagem aérea para conhecer a cidade.

     Ao chegar à Lyon, cujo aeroporto internacional fica bem distante da cidade (30 km), peguei um trem (Rhone Express) que liga o aeroporto à Gare de la Part-Dieu, que também é uma estação de metro, que fica bem no centro da cidade. Não é preciso reservar o trem que liga aeroporto/gare de la Part-Dieu, apesar de ser possível fazê-lo pela internet, o ticket custa cerca de 15 euros e o trem parte a cada 15 min. Da Gare de la Part-Dieu é só tomar o metro para chegar ao centro histórico de Lyon (estação Vieux Lyon).

     Em relação à hospedagem, há duas possibilidades igualmente interessantes. A primeira, que foi a que eu escolhi, é reservar um hotel na Vieux Lyon, que é o centro histórico da cidade, onde os pontos de interesse e os melhores restaurantes podem ser acessados a pé. O ruim é que fica muito distante do aeroporto (de táxi 60/70 euros) ou duas conexões de metro e mais o trem expresso até o aeroporto (1h de transporte público), caso decida não ir de táxi. Na minha viagem, acabei tendo que voltar para o aeroporto de táxi, pois o meu voo saía às 7:00h da manhã, de modo que chegaria atrasado para o embarque, devido ao tempo de deslocamento entre metro e trem. A outra opção é ficar hospedado nos vários hotéis de rede que há nos arredores da Gare de la Part-Dieu e de lá, utilizando o metro, acessar os pontos históricos e restaurantes. O inconveniente é que o metro fecha durante à noite por volta de 1h da madrugada, o que atrapalharia a noitada daqueles que gostam de ficar até bem tarde.

Lyon vista do alto (Notre-Dame)
      Assim que cheguei ao hotel (hotel St. Paul, 72,00/noite), deixei a mochila, tomei um banho e parti para desfrutar da excelente gastronomia da cidade. O restaurante escolhido estava lotado ( Le Gourmand de Saint Jean), com muitos franceses, o que era um bom indicativo de que a comida deveria ser boa, e, realmente, estava excelente, à exceção da entrada que foi muito normal. De barriga cheia, ainda me aventurei por uma boa caminhada pelas ruelas da velha  Lyon, só que o frio beirando a 0º e com sensação térmica ainda mais baixa, impediram-me de continuar.
Chapelle de la Trinité
     

 
No dia seguinte, que era um domingo, resolvi sair para explorar a cidade, visitei os principais pontos turísticos, que basicamente se resumem à própria Vieux Lyon, alguns parques e à bela arquitetura da cidade. Depois de muitas horas de caminhada, eis que chego para almoçar, já no meio da tarde, no restaurante Chabert & Fils, onde, mais uma vez, a gastronomia Lyonnais me surpreendeu. Foram 5 pratos maravilhosos, em quantidades generosas, o que me fizeram retornar para o hotel totalmente satisfeito e desejando uma boa noite de sono.

     Já no terceiro dia, fiz uma grande besteira, pois não atentei para o fato de ser uma segunda-feira, quando normalmente os museus estariam fechados e perdi a oportunidade de visita-los. Para não perder aquele que seria meu último dia em Lyon, fui à Gare de la Part-Dieu e de lá tomei um ônibus até St. Etienne, a fim de conhecer mais uma outra cidade. St. Etienne não tem muitas coisas para fazer, e, com o dia muito frio, foi difícil passear a pé pela cidade, porém deu para curtir um pouco o clima do local e "bater perna" pelo lugar. No entanto, não recomendo a visita, a não ser para passar, almoçar e seguir viagem, pois não é uma cidade muito bonita, nem que tenha muitas atrações para os turistas. No final da tarde retornei à Lyon, satisfeitíssimo com a viagem que, apesar de curta, foi bem interessante, esperando retornar um outro dia, com mais calma e devidamente acompanhado, para desfrutar com intensidade todos os prazeres que Lyon é capaz de oferecer ao visitante.


Vieux Lyon

Vieux Lyon com Notre-Dame de Fourvière ao alto

Filé Mignon com redução de vinho

Foie gras

cordeiro com batata gratinada