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domingo, 28 de outubro de 2012

ATENAS


Partenón
 Era uma noite de sexta-feira em Lisboa quando decidimos que iríamos à Grécia no próximo final de semana. O mês era fevereiro e como passaríamos somente 2 dias, ficamos apenas em Atenas. Compramos as passagens pela TAP (200 euros ida/volta) e preparamos o roteiro. 

No dia anterior à nossa viagem, vimos na tv que a crise estava grande e que muito tumulto ocorria em Atenas, como multidão nas ruas, greve geral e confronto entre manifestantes e policia. Diante desse quadro, ainda tentamos trocar as passagens, contudo a TAP, estranhamente, não aceita reembolso, mesmo em trocas, em relação às passagens promocionais. De fato, se trocássemos dia ou mesmo destino, praticamente com a multa pagaríamos uma nova passagem. Mesmo com receio, decidimos que nada poderia ser mais arriscado do que morarmos no nosso querido, porém violento Brasil, e, então, partimos para Atenas no dia seguinte. 

Acrópole

O voo entre Lisboa e Atenas dura cerca de 3:30h, e chegamos em Atenas às 5h da manhã. No aeroporto tomamos um táxi para o hotel e nossa aventura já começou por aí, uma vez que o taxista pouco falava inglês, ainda era noite e as ruas sujas e pichadas de Atenas nos pareceu que estávamos indo a um lugar perigoso e todos tivemos um pouco de receio. A corrida custou cerca de 60 euros. Ao chegarmos no hotel (A for Athens Hotel), excelente por sinal, tudo mudou quando já no café da manhã pudemos contemplar a Acrópole bem no alto à nossa frente. O hotel não poderia ser mais perfeito!

Demos um pouco de azar com o tempo, pois choveu quase todo o dia e poucas vezes o tempo abria. De qualquer forma, deu para conhecermos bem a cidade, fomos a museus, passeamos por todos os bairros mais importantes, visitamos todas as ruínas que dão o brilho à cidade, as quais, inclusive, ficam uma ao lado das outras, e tudo no centro e próximo do hotel. Contudo, o ponto alto mesmo e a maior emoção foi contemplar a Acrópole com todo o seu esplendor. 

A comida grega achamos excelente, apesar de não ser possível entendermos os ingredientes de todos os pratos. O atendimento é muito bom, sendo o povo grego bastante caloroso, atencioso, alegre e simpático.

Bem, após conhecermos todo o centro e suas ruínas, tomamos um metro e fomos para os bairros mais afastados. Então fomos até o Museu Arqueológico Nacional, passeamos um pouco pela região, que é bem diferente do centro, vimos um pouco do povo e onde vivem, enfim foi uma ótima experiência termos saído da região mais turística e ter passeado por lugares mais fora do centro.

Ocorre que, naquele domingo, bem perto dali, estava o Parlamento, onde seria votada a "Tróika", que consistia num pacote de medidas impopulares contra a crise e milhares de manifestantes estavam na região. Foi uma experiência perigosa, mas emocionante, que tivemos. Pois os manifestantes enfrentaram a policia, houve reação dos policiais, e as ruas foram tomadas por manifestantes revoltados, muito gás lacrimogêneo e nós no meio disso tudo tentando encontrar nosso hotel para ficarmos mais seguros. Não havia táxi, nem metro para o centro, e tivemos que ir à pé mesmo, encontrando muitos prédios queimando pelo caminho, manifestantes com os rostos cobertos, muita gente armada com ferros e pau e nós no meio disso tirando fotografias e correndo também da policia e dos próprios manifestantes...rsrsrs.

Ao chegarmos, com muito custo, ao nosso hotel, ainda nos arriscamos a ir jantar, próximo ao hotel, logicamente. E o interessante foi que os restaurantes estavam lotados, fomos atendidos normalmente, tudo como se nada estivesse acontecendo. Foi quando o pior estava por vir. O garçom que nos atendia disse que precisávamos partir, pois o restaurante fecharia em razão dos manifestantes e policia estarem vindo na direção do restaurante. Pagamos a conta e corremos para o hotel, mas ao vermos as pessoas correndo em nossa direção, ficamos em pânico e demoramos uns 20min para encontrarmos o hotel, pois milhares de pessoas nas ruas, muita fumaça e muito gás lacrimogêneo tornou muito difícil acharmos o caminho para o hotel. Ao chegarmos no hotel, o mesmo estava com a entrada bloqueada por tapumes de Madeira, mas nos deixaram entrar. Foi aí que vimos o tamanho do estrago. Todos os prédios ao redor do nosso hotel estavam em chamas, os manifestantes incendiaram cerca de 70 edifícios naquela noite e nossa volta para casa foi bem tumultuada, mas chegamos bem ao aeroporto na manha seguinte e nosso voo partiu normalmente para Lisboa.

De qualquer forma, não tirou o brilho da viagem, e tivemos uma experiência maravilhosa em Atenas, uma cidade interessantíssima, com sua história e monumentos incríveis. 3 dias é mais que suficiente para conhecer Atenas, contudo acho mais interessante fazer logo o pacote com as ilhas gregas, o que não foi possível para nós naquela viagem. Mas talvez tenha sido bom, pois voltaremos um dia à Grécia para conhecermos as outras belezas do país.



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Mesaia Stoa

Atenas vista do alto





Manifestantes e barreiras fumegantes contra o avanço da polícia - em frente ao nosso hotel

domingo, 26 de agosto de 2012

PROVENCE

Escolher um destino de viagem é sempre algo difícil, mesmo quando se tem tempo e disposição. Contudo, ao escolhermos nosso destino de lua-de-mel não tivemos dúvida de que iriamos à Provence, lugar que sempre esteve nos nossos planos, muito embora sempre a deixamos para depois. Assim, quando decidimos pela Provence já sabiamos que seria uma excelente viagem.

Antes de fazer as malas, os preparativos exigiram uma certa "engenharia", pois por se tratar de uma viagem no mês de agosto os preços de hoteis e passagens aéreas estavam nas alturas. No entanto, descobri uma forma mais barata para chegarmos até a Provence. Partimos de Lisboa para Barcelona, voando de Easyjet, por módicos 100 Euros p/pessoa. Em Barcelona, alugamos um carro e seguimos até a Provence (500km), num percurso que durou cerca de 4h20min. Nosso tempo era curto (de terça à sexta), por isso tinhamos que aproveitar bastante. Vamos ao roteiro!
Dia 1: De Barcelona à Aix-en-Provence, sem paradas pela estrada. As autoestradas da França são perfeitas, com limite de 130km/h, de modo que perdemos pouco tempo no percurso. A paisagem pelo caminho é muito legal, pois passamos pelos Pirineus e Languedoc até chegarmos à Provence. Em Aix-en-Provence ficamos no Hotel Cézanne, bem central, com garagem, conforto ímpar e preço razoável pala qualidade e época da viagem. Chegamos já no final da tarde e do hotel fomos direto até o centro de Aix-en-Provence, onde ha muitos excelentes restaurantes, bares e cafés. Nessa noite tomamos boas garrafas de rosé e provamos da excelente gastronomia provençal.

Dia 2. Fazer o roteiro na Provence não é difícil, complicado mesmo é excluir lugares do roteiro. Então, saimos meio que sem destino nesse dia, apenas sabendo que iriamos passar em alguns lugares imprescindíveis e que nos perderiamos pelas pequenas estradas da região. Nesse dia visitamos Avignon, Chateauneuf-du-Pape e Gordes, além dos vários vilarejos e pequenas cidades pelo caminho. Avignon é um lugar fantástico, com um centro todo murado, uma arquitetura medieval e cheio de turistas. Chateauneuf-du-Pape é uma cidadezinha isolada, bem charmosa, cheia de pequenos restaurantes. Gordes foi a estrela do dia, uma pequena cidade no alto da montanha com um visual impressionante.

Dia 3. Nesse dia decidimos ir ao Canyon du Verdon e Moustiers-Sainte-Marie, lugares incríveis, com paisagens indescritíveis. Paravamos a cada curva para tirar novas fotos. Lagos, rios, florestas e pequenas cidades pelo caminho. O ponto alto foi Moustiers-Sainte-Marie, uma vilazinha construida numa rocha com muitos bares e restaurantes, enfim, um lugar bem charmoso e imperdível. Ainda nos sobrou tempo para irmos até Nimes, uma cidade com forte presença romana, que, para nossa tristeza, só foi possível passarmos algumas horas. Nessa noite, provamos mais da excelente comida e ótimos rosés para finalizarmos essa viagem rápida, mais muito intensa, em que testamos e aprovamos a Provence. Pena que foram poucos dias!

Dia 4.  Acordamos bem cedo e fomos para Barcelona, onde de lá seguimos de avião até Lisboa, onde passamos o final de semana, para, finalmente, voltarmos ao Brasil. Foi uma viagem inesquecível, os lugares, as pessoas, o visual, a gastronomia e os vinhos... Enfim, um brinde ao amor e ao romance, isso é a Provence!      
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Moustier Saint Marie
Chateauneuf du Pape
Nimes
Carré de cordeiro
Notre Dame nas alturas
Ponte sobre o Canyon du Verdon
Canyon du Verdon
Pont d'Avignon
Gordes

Aix-en-Provence

Chateauneuf du Pape  



sábado, 25 de fevereiro de 2012

Suiça em 8 dias: Genebra

     Nossa jornada começou após a noite de Reveillon, quando fomos dormir tarde e acordamos bem cedo para tomar o voo Lisboa/Genebra na manhã seguinte. Já no embarque, a Easy Jet não deixou que fosse embarcada uma maleta e mais uma bolsa feminina de minha noiva. De qualquer forma, não nos foi cobrado nenhuma taxa, somente o inconveniente de retirarmos a bagagem depois em Genebra. O voo até Genebra demorou 2h10min e o embarque se deu rigorosamente no horário. Quem ainda não viajou pela Easy Jet é bom saber que somente é permitido ao passageiro apenas uma bagagem de mão, sendo que as mulheres que levam bolsa tem que saber que a bolsa deve estar dentro da bagagem de mão, senão terá que despachar a mala para ficar com a bolsa.

    Nossa programação incluiu 8 dias de viagem, sendo 3 as cidades que visitaríamos - Genebra, Interlaken e Zurique - além, logicamente, de passeios e visitação de outras cidades e vilas em passeios durante o dia. Como o inverno na Suíça é bem rigoroso, onde a temperatura pode facilmente chegar aos -10º, é aconselhável um casaco apropriado para neve e frio intenso, uma bota para caminhadas, jeans, calça térmica (caso deseje esquiar), blusas de frio e um sobretudo. Não deve esquecer do protetor solar, protetor labial, além de medicamentos para cefaleia e náuseas. Lembre-se, também, que a Suíça não aderiu ao Euro, de modo que deve ir trocando seus euros por franco suíço ao longo da viagem, pois agilizará nas compras e refeições, já que em alguns lugares não aceitam o euro.

     Nossa viagem dividimos da seguinte forma: 2 noites em Genebra, 3 noites em Interlaken e 2 noites em Zurique. Como a Suíça possui diversos lugares para se conhecer, o nosso tempo era curto e no inverno anoitece bem cedo (às 17h), então resolvemos que o melhor era restringir o número de cidades, a fim de evitar atrasos em check in e check out em hotéis. Todas as reservas foram feitas pelo booking.com, e a passagem aérea comprada no site da empresa. O nosso deslocamento interno foi feito através de trem, com compra de passes e bilhetes nas próprias estações, sem pré-reserva

    Ao chagarmos em Genebra, fomos direto para o Hotel que ficava a apenas duas quadras da estação de trem, o que nos trouxe grande comodidade. Em Genebra, ao chegar nos hotéis o turista ganha um cartão que dá direito ao transporte coletivo na cidade, o que ajuda muito nos custos. No aeroporto de Genebra, o bilhete de trem para o centro é gratuito, basta retirá-lo num caixa automático que fica na área de retirada das bagagens.

    Neste dia aproveitamos para curtir bastante a cidade, que é muito bonita e elegante, com suas luzes e lojas de marcas famosas de relógios. Genebra é uma cidade para se gastar a sola do sapato, com suas lojas elegantes e sua arquitetura deslumbrante. No segundo dia, fomos à Lousanne e Montreux, mas isto é para a próxima postagem.




Suiça em 8 dias: Lausanne e Montreux

Lausanne
   No  2º Dia (Lausanne e Montreux), acordamos às 9h e seguimos direto para estação, a fim de tomarmos o trem para Lausanne. Compramos a passagem por CHF 21,00 por pessoa. Há trens a cada 20min para Lausanne, não sendo preciso fazer nenhuma reserva. Chegando em Lausanne, infelizmente, a chuva estragou um pouco o passeio, porém não comprometeu a descoberta desta pequena e bela cidade. O centro histórico com sua belíssima catedral é o ponto alto da cidade, que pode ser conhecida inteiramente a pé. Passamos cerca de 3h em Lausanne, tempo suficiente para percorre todo o circuito turístico e visitar os principais lugares. Após esta breve parada em Lausanne, tomamos o trem para Montreux, ao custo de 11,00 Francos por pessoa.

    O caminho de trem até Montreux é muito bonito, com vista para o lago e com os Alpes ao fundo. Foi uma pena a chuva ter atrapalhado a visão belíssima da região. Na chegada em Montreux, não localizamos o centro de informação turística, então seguimos nosso faro de viajante para circular pela cidade. Montreux não é tão bela quanto Lausanne e o mau tempo impediu que tivéssemos uma visão mais bonita do lago. Seguimos a pé até a parte velha, onde tudo estava fechado e somente nós estávamos "turistando" pela cidade. Fomos até a Igreja de Montreux, de onde se tem uma bela vista da cidade, já que a igreja encontra-se localizada bem no alto da cidade. Após cerca de 2h de caminhada, sem encontrarmos um bom lugar (aberto) para almoçar ou simplesmente relaxar e tomar um bom vinho, resolvemos retornar à Estação e seguir de volta à Genebra. O custo do bilhete de Montreux para Genebra foi de 28,00 Francos por pessoa, o que totalizou um custo diário de 60,00 Francos por pessoa. Este custo, um pouco alto, nos fez pensar em adquirir o swisspass para alguns dias, a fim de reduzirmos o custo de deslocamento.
Lausanne

Lausanne

Lausanne

Lausanne

Lausanne

Montreux

Montreux

Suiça em 8 dias: Interlaken


No caminho o Lago Leman
   Neste dia acordamos e fomos direto para a Estação, onde compramos o bilhete do próximo trem para Interlaken, ao custo de CHF 65,00 por pessoa. No caminho, entre Genebra e Berna (local da nossa conexão), a paisagem é lindíssima e o dia ensolarado deixou a viagem ainda mais interessante. Passamos pelo Lago Leman e pelos vinhedos que se encontram ao longo do caminho. Após deixar Lausanne, nos deparamos, pela primeira vez, com a neve, ainda fina, mas que cobria algumas montanhas. Em Friboug, entramos na Suíça alemã, já começando a ouvir alemão no trem. A partir dai, todas as informações, letreiros comerciais, tudo já é em alemão. De Friburg até Berna o caminho não tem nada de interessante, além de algumas cidadezinhas bucólicas. Em Berna, trocamos de trem e seguimos até Interlaken, passando antes pela cidade de Thurn.

Pela primeira vez, neve pelo caminho
 Ao chegarmos à Interlaken, o tempo estava ótimo, dai seguimos até Beatenberg, onde, na estação final da linha 101 do ônibus que sai de Interlaken, tomamos o teleférico até a estação de esqui Niederhorn. A visão que tivemos dos Alpes foi surpreendente. Ficamos um bom tempo em cima, tiramos muitas fotos e, ainda, aproveitamos para relaxar e tomarmos um bom chocolate quente com a visão esplendorosa dos Alpes. No final do dia, após um por-do-sol simplesmente perfeito, rumamos para o hotel para descansarmos e revermos as fotos tiradas naquele dia.
antes de chegar em Berna
 Na manhã deste dia, compramos o ticket de trem/teleférico para Mürren, uma vila bucólica quase no topo dos Alpes. O caminho para chegar até Mürren é um pouco longo, devendo o viajante seguir os seguintes passos, sabendo que se compra o bilhete até o último destino, no caso Mürren. Primeiro, tomamos um trem em Interlaken Ost para Lauterbrunnen. Em seguida, pegamos o teleférico para mais uma vila e, de lá, um outro teleférico até Mürren. No caminho de volta, o ideal é descer (andando ou por teleférico) até Grindenwald, uma vila ainda menor que Mürren, onde lá há a interessante "Honesty Shop", onde o viajante pode escolher o produto que desejar e depois deixar o valor indicado num envelope e deposita-lo num caixinha que se encontra na loja. Achamos bem interessante a proposta e, claro, fizemos questão de comprar alguma coisa e contribuir com a honestidade. De Grindenwald tomamos o teleférico e depois um ônibus para Lauterbrunnen, onde tomamos o trem para Interlaken Ost. O passeio até Mürren foi impressionante e nos divertimos bastante naquele dia. À noite, jantamos no restaurante Des Alpes, especializado em comida suíça, onde, mais uma vez, comi o delicioso Rosti.
  
mais paisagens
    Neste dia, o clima frio e a chuva nos atrapalhou bastante, mas como viajantes "profissionais" que somos, enfrentamos chuva, vento, neve e muito frio, mas exploramos a região, indo até Iseltwald, onde tiramos boas fotos e, no retorno à Interlaken, passeamos ainda mais pela cidade, até paramos para comermos os saborosos chocolates suíços e, finalmente, fomos para o hotel, chegando na hora certa, pois uma forte tempestade havia começado. A viagem até Interlaken foi maravilhosa, deixando-nos com muita vontade de retornarmos algum outro dia, e, desta vez, irmos até Yungfrau, já que o mau tempo nos impossibilitou de fazer este passeio.

     Com neve caindo forte, deixamos Interlaken com destino a Zurique, na esperança de que lá o tempo estivesse um pouco melhor. Entre Berna e Zurique, passamos pela bela cidade de Olten, com lindas casas coloridas e banhada por um rio de águas cristalinas. O tempo em Zurique estava um pouco melhor, sem chuva ou neve, apesar de bastante nublado.



Mürren

Mürren

Grindenwald